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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Balada de sempre

Espero

a tua vinda,

a tua vinda,

em dia de lua cheia.

debruço-me sobre a noite

inventando crescentes e luares.

Espero o momento da chegada

com o cansaço e o ardor de todas as chegadas.

Rasgarás nuvens, estradas,

abrindo clareiras

nas sebes e nas ciladas.

Saltarás por cima de mares,

de planícies e relevos

- ânsia alada

no meu desejo imaginada

Mas

enquanto deixo a janela aberta

para entrares

o mar aí além,

lambe-me os braços hirtos,

braços verdes

algas de sonho

- e desenha ironias na areia molhada.


Fernando Namora

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