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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Quando vieres...


 
Quando vieres…
Traz-me rosas encarnadas
Que as outras já estão mortas.
Traz-me beijos longos
Que me calem as palavras…
Quando vieres…
Traz-me o firmamento,
A lua e as estrelas.
Traz-me as tuas mãos abertas
Que me inventem sonhos
Em livros de poemas.
Quando vieres…
Vem tu sozinho
Aninhar-te no meu peito.
Traz-me as ondas do mar
No sal das tuas lágrimas.
Quando vieres…
Traz-me sussurros leves
Que me embebedem os sentidos.
Traz-me o orvalho da manhã
Na seda da tua pele.
Quando vieres…
Traz-me palavras breves
Que me afaguem os gemidos.
Traz-me os pingos da chuva
No aroma do teu suor.
Quando vieres…
Vem sossegado
Fecha os olhos junto a mim
Traz-me a paz da tua alma
Na cor do teu olhar
E da tua boca,
Traz-me o mel!

 Dalila Alves,  (1982)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Amo em silêncio

 
Amo em silêncio
nem as rosas sabem
 que teu perfume seria meu destino.
Amo em silêncio
 e nem as estrelas pálidas sabem
de mais uma noite calada.
Amo em silêncio
 e nem a lua transparente sabe
 do meu amanhecer prata, solitário.
 Amo em silêncio
e nem o vento sabe
 que corta as dores
 que ninguém sabe
que existem.
 Amo em silêncio
 e só o silêncio sabe.

César Rabelo