Pesquisar neste blogue

A minha Lista de blogues

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Soneto de Amor


Não me peças palavras,nem baladas,
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas um língua...,_unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois..._abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!


José Régio

2 comentários:

  1. Dizer qualquer coisa, seria estragar!
    "Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!"

    ResponderEliminar
  2. A M O R

    Lume aceso na cinza,
    Abrigo quente,

    És sede que nos vem
    Junto à nascente;

    És a duna queimando
    E o mar tão perto;

    És ir ao fundo e vir
    De asas coberto;

    Anémona que a abrir
    Dobrasse a cor,
    És alarme e sucesso:

    Mais que milagre,
    És amor!


    De “Vida Plena” – Edgar Carneiro


    Romeiro de Alcácer

    ResponderEliminar