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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Inês de Castro

Eu, Inês apaixonada,
Estendo os braços,
Em cada alvorada,
E grito o teu nome … Pedro…
Mas o vento gélido
Não me traz o teu desejo,
Nem o eco da tua voz,
Que tanto almejo!

Estou tão perdida, amor,
Tão desgraçada!
Pelos esbirros do Rei
Fui maltratada.
Sinto a brisa
Como um longo beijo teu …
Onde estás, amado meu?

Mas sei que haverá
Uma terna madrugada,
Em que em teus braços
Acordarei.
Bela e desejada,
Na Fonte dos Amores,
Tão celebrada.
E viveremos o nosso sonho,
Eternamente,
Em epopeias, trovas
E em toda a glória,
Conhecidos para todo o sempre
Como os amantes mais trágicos
Da nossa História.

Maria Teresa Rowett

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