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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Cavalo à Solta


Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve, breve
instante da loucura


Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa


Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo


Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.


Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo


Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura


Ary dos Santos

2 comentários:

  1. A Minha’Alma

    A Minh’Alma, só, triste, deserdada,
    É caravela d’Azinho ao mar afeita.
    Tão segura que as vagas não respeita,
    Nas marés d’Outono… levantadas.

    De velas brancas - azul na proa ousada-
    Aos credos sem Credo não sujeita,
    Singra liberta, nobre e não perfeita,
    Ao encontro da praia procurada.

    Mas, no mar, em lides acometendo,
    De flâmulas içadas… aos ventos caídos,
    Mais de mil ocultas magos padecendo.

    São os danos que ficam e vão vivendo,
    Da saudade doce… amores perdidos,
    Na manhã… de tarde louca… descendo

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